segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Os exploradores do pré-sal

(fonte: Estadao.com.br)
Extrair petróleo a 7 mil metros de profundidade, a 300 quilômetros da costa, em condições geológicas que os especialistas ainda não mapearam completamente. Esse é, provavelmente, o desafio tecnológico de uma geração de brasileiros. A recompensa é tentadora. Nas estimativas mais otimistas, a camada pré-sal, faixa subterrânea de 800 quilômetros, pode guardar o equivalente a 100 bilhões de barris, o que tornaria o Brasil dono da sexta maior reserva de petróleo do mundo. O País precisará de mão de obra em todos os níveis, de soldadores a engenheiros de formação sofisticada, passando por geólogos, especialistas em logística, saúde e ambiente. "O pré-sal é um projeto de desenvolvimento brasileiro, assim como a ida à Lua foi para os americanos. Não dá para mensurar a quantidade de emprego necessária", diz o superintendente da Organização Nacional da Indústria do Petróleo, Caio Pimenta. Leia mais: No pré-sal, área de robótica atrai profissionais Rochas e 3D são expertise de pesquisadores Advogados também se especializam em contratos e parcerias do setor Gestor de contratos supervisiona parcerias Vida útil de reservatórios são tema de estudos de engenheiros Tecnologia em softwares

Só os investimentos aprovados pela Petrobrás até 2013, dos quais o pré-sal é um dos carros-chefes, vão exigir a qualificação de 207 mil pessoas em 185 categorias diferentes.

Para atender à demanda por pessoal qualificado, o governo federal criou o Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás (Prominp). Nos últimos três anos, 43 mil pessoas foram treinadas pelo programa. A maioria delas é de nível técnico e básico, mas quem vai comandar o processo de exploração do pré-sal são os profissionais de nível superior, dos quais depende a geração de conhecimento e tecnologia.

Cabe ao Centro de Pesquisas (Cenpes) da Petrobrás, que fica no câmpus da UFRJ na Ilha do Fundão, no Rio, a missão de desenvolver soluções tecnológicas. "O profissional que nos interessa tem um perfil inovador e viés para pesquisa", explica Maria de Fátima Duarte Mattos, gerente de Recursos Humanos do Cenpes. O centro tem 2.110 funcionários. Destes, 1.274 são de nível superior: 506 têm mestrado e 215, doutorado.

Este mês, a Petrobrás e a Schlumberger, empresa franco-americana que desenvolve tecnologia para a indústria de petróleo e gás, assinaram acordo que prevê a criação pela multinacional, em 2010, de um centro de pesquisas ligadas ao pré-sal na Ilha do Fundão. A Schlumberger estima que serão abertas 300 vagas para brasileiros no projeto.

"As áreas de Geologia, Geofísica e Engenharia serão de extrema importância para o sucesso dos projetos do pré-sal", diz a gerente de Planejamento de Recursos Humanos da Petrobrás, Mariângela Mundim. As duas primeiras são essenciais à exploração porque determinam onde pode haver petróleo e quais poços devem ser perfurados - o custo de cada perfuração chega a US$ 100 milhões.

Carreiras ligadas à Engenharia são fundamentais para toda a cadeia produtiva do petróleo. Uma das prioridades da Agência Nacional do Petróleo (ANP), que tem seu próprio programa de formação de pessoal, é a Engenharia de Reservatórios. "São esses profissionais que, baseados nos estudos geofísicos, fazem cálculos para identificar se há óleo no reservatório, a capacidade e o tipo", diz Florival Carvalho, superintendente de Pesquisa e Planejamento da ANP.

Carvalho comanda 36 programas que envolvem 23 universidades em 16 Estados. O projeto acaba de incorporar mais dois perfis profissionais. "Queremos incentivar a formação nas áreas de segurança operacional e saúde ocupacional", diz o superintendente.

Outra área que tem merecido atenção da indústria é a de logística. "A capacidade dos estaleiros, as condições das embarcações e o transporte de pessoas já preocupam hoje, porque é um custo elevadíssimo levar trabalhadores às plataformas", diz Heltom de Paulo, consultor de perfuração de poços da gigante de engenharia e serviços americana Halliburton, outra fornecedora da Petrobrás. Todos os meses, a estatal transporta 40 mil pessoas para suas plataformas. Não é só a demanda pelo serviço que vai crescer com o pré-sal. A distância, por exemplo, vai dobrar, já que hoje a empresa opera unidades a 150 km da costa, em média.

Há também um esforço gigantesco a ser feito em terra, como a construção de gasodutos para transportar o gás extraído com o petróleo. O setor petroquímico, de onde saem de gasolina a matérias-primas para todos os setores da indústria, está investindo pesado na ampliação de refinarias. Engenheiros químicos e civis são peças-chave na construção e operação das refinarias e no transporte desses produtos.

"A Petrobrás é a mãe, em última instância todo o setor trabalha para ela. Mas até um padeiro que esteja fornecendo para essa área vai se dar bem", compara o empresário Gabriel Pinton, da WDT Engenharia, que presta serviços para a estatal na área de controle de qualidade. Quando comprou a WDT, há dois anos e meio, ele tinha um funcionário. Agora tem 200, entre eles advogados, profissionais de marketing e jornalistas.

Uma das maiores dificuldades hoje, segundo o presidente do Estaleiro Atlântico Sul, Angelo Bellelis, é contratar gente de nível superior em meio de carreira. Dos 148 profissionais com diploma universitário do estaleiro, que fica em Suape (PE), a maioria é sênior ou júnior. "Temos as duas pontas. Entre os mais experientes, muitos estavam afastados do mercado e não acompanharam a evolução da tecnologia e das normas de segurança ou ambientais." COLABOROU BRUNA TIUSSU

sábado, 16 de janeiro de 2010

Construa com Sabedoria

Pr Valtair Freitas


Um velho carpinteiro estava pronto para se aposentar.
Ele informou ao chefe seu desejo de sair da indústria de construção e passar mais tempo com sua família.
Ele ainda disse que sentiria falta do salário, mas realmente queria se aposentar.

A empresa não seria muito afetada pela saída do carpinteiro, mas o chefe estava triste em ver um bom funcionário partindo e ele pediu ao carpinteiro para trabalhar em mais um projeto como um favor.

O carpinteiro concordou, mas era fácil ver que ele não estava entusiasmado com a idéia.
Ele prosseguiu fazendo um trabalho de segunda qualidade e usando materiais inadequados.

Foi uma maneira negativa dele terminar sua carreira.
Quando o carpinteiro acabou, o chefe veio fazer a inspeção da casa.
E depois ele deu a chave da casa para o carpinteiro e disse:
"Essa é sua casa. Ela é o meu presente para você".

O carpinteiro ficou muito surpreso. Que pena!
Se ele soubesse que ele estava construindo sua própria casa, ele teria feito tudo diferente.

O mesmo acontece conosco. Nós construímos nossa vida, um dia de cada vez e muitas vezes fazendo
menos que o melhor possível na construção.
Depois com surpresa nós descobrimos que nós precisamos viver na casa que nós construímos.

Se nós pudéssemos fazer tudo de novo, faríamos tudo diferente.
Mas não podemos voltar atrás.

Você é o carpinteiro.
Todo dia você martela pregos, ajusta tábuas e constrói paredes.
Alguém disse que "A vida é um projeto que você mesmo constrói".
Suas atitudes e escolhas de hoje estão construindo a "casa" que você vai morar amanhã.

Construa com Sabedoria!

* * * * * *
Do livro: "Nos Laços do Calvário"

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

O Geólogo e a Geologia

(Entrevista dada pelo Geólogo Pedro Jacobi à O Globo, publicada no Guia de Profissões pela Ediouro)

O Globo: Como é seu dia a dia no trabalho?

O meu trabalho consiste na direção dos vários projetos e aquisições da minha empresa no Brasil, nas áreas de diamantes, ouro, metais básicos e ferro. Coordeno a empresa e os profissionais no Brasil e mantenho contato constante com os nossos escritórios, sócios e acionistas em Seattle, nos Estados Unidos, e em Perth, na Australia.

Com o fuso horário, a carga de trabalho diária e sempre superior a 11 horas,incluindo fins de semana.


O Globo: Como conseguiu seu primeiro emprego?

Foi por intermédio do Geólogo americano Gene Tolbert, fundador da Terraservice, a precursora da DOCEGEO, e descobridor de Carajás. Em 1971, ele foi, pessoalmente, buscar 11 geologos, ainda estudantes, nas principais escolas do pais para trabalhar com ele. Eu era um deles.
Estudava na Universidade Federal do Rio Grande do Sul.


O Globo: O que há de melhor e de pior na sua rotina de trabalho?

A busca constante de minérios escondidos, torna a prospecção mineral uma das mais abrangentes, desafiadoras e compensadoras áreas da geologia. O sucesso e sempre o fruto do trabalho criativo e inteligente.
No entanto, não há prospecção mineral sem insucessos. Na maioria das vezes, são esses insucessos que fazem empresas inteiras desaparecerem do mercado.


O Globo: Quais são os maiores desafios que enfrenta um geólogo?

Na exploração mineral, o profissional deve ser capaz de aliar profundos conhecimentos de geologia com estratégias e pensamentos criativos, conhecendo os modismos teóricos e passageiros das várias áreas da ciência. O geólogo deve ter a mente inquisitiva e procurar entender as leis naturais e relações de causa e efeito que regem o universo,aplicando esse conhecimento em sua área de atuação.
DESCOBRIR MINÉRIOS, POCOS DE PETRÓLEO OU MINAS DE DIAMANTE,PRESERVAR O MEIO AMBIENTE, SER EXECUTIVO DE EMPRESA DE MINERACAO E ESTUDAR OUTROS PLANETAS....
Dificil acreditar que atividade tão diferentes como essas caibam todas na mesma profissão. A explicação esta na definição da própria geologia

É a ciência que estuda as características do planeta TERRA, tanto do seu interior quanto de sua superfície. A orígem , a composição e as estruturas do planeta são os principais objetos do estudo do geólogo.
Depois que termina a graduação, o Geólogo pode se especializar em diversas áreas, entre as quais:


• PROSPECÇÃO MINERAL: descoberta de bens minerais – metais básicos, gemas, petróleo, gás e demais combustíveis, fosseis, minerais industriais. Existem várias áreas de conhecimento abrangidas pela prospecção, como geoquímica, geofísica, interpretação de imagens de satélites e GIS.

• GIS: sistema de informações Geográficas- ferramentas fundamentais ao Geólogo explorador.

• GEOLOGIA DE MINAS: mineração e controle do dia- a- dia, das minas, que abrange diferentes atividades.

• GEOLOGIA AMBIENTAL: prevenção e proteção do meio ambiente. O Geólogo trabalha na preservação e avaliação de riscos e de impactos ambientais causados pelo Homem.

• GEOLOGIA DE ENGENHARIA E GEOTÉCNICA : planejamento de cidades, obras de engenharia, como estradas, pontes, edifícios, barragens etc...

• GEOLOGIA ECONÔMICA: avaliação das chances de sucesso de projetos minerais, minas e demais atividades correlatas

• GEOLOGIA MARINHA: um dos ramos em expansão da carreira, estuda e atua na preservação dos mares e seus recursos.

• ASTRONOMIA E CONQUISTAS ESPACIAIS: por meio da geologia são compreendidos os processos de formação e desenvolvimento dos planetas e demais objetos cósmicos.

• EDUCAÇÃO: ensino, tanto no nível básico quanto no superior.
A geologia permite que o profissional atue em qualquer lugar do mundo. Por isso, o domínio de uma língua estrangeira, em especial o inglês, é fundamental. A rotina de trabalho pode variar bastante em uma função para outra e, em alguns casos, geólogos podem trabalhar ate dez horas por dia. Também é comum, quando fazem trabalho de campo, passarem dias em locais de difícil acesso e sem conforto.
VOCE É CURIOSO E CRIATIVO? GOSTA DE PESQUISAR E ESTUDAR? TEM RESISTÊNCIA FÍSICA PARA TRABALHAR POR VÁRIAS HORAS EM LOCAIS SEM CONFORTO? GOSTA DA NATUREZA?

• COMO É O CURSO? Dura, em média, cinco anos. Inicialmente, a ênfase é em disciplinas básicas, como química, matemática e física, mas são estudadas matérias mais especificas como mineralogia, geologia estrutural, paleontologia e topografia. Posteriormente o curso concentra-se nas matérias específicas da geologia.

• COMO É O MERCADO? Em alta entre 2004 a 2008. O ciclo de baixa de 2008 a 2009 está acabando e estima-se que a procura deva durar vários anos se não décadas. Há muitas oportunidades na área de prospecção mineral e em atividades ligadas ao meio ambiente. Geólogos também podem ocupar altos cargos em empresas do setor mineral e de Ciências da Terra. E é cada vez maior o número de Geólogos-Empresários, donos de empresas de mineração e de meio ambiente.

• QUANTO GANHA? O salário médio inicial e R$ 2.500,00 e evolui conforme a experiência do profissional. Consultores experientes cobram R$ 2 mil por dia. Geólogos analistas, que avaliam transações de empresas de mineração em bolsas de valores, são, também, muito bem remunerados. O Geólogo tem um salário entre o topo dos profissionais correlatos.

Geologia está entre as carreiras mais valorizadas

A retomada dos investimentos em infraestrutura mantém a geologia no grupo das profissões mais promissoras do país, ainda que a economia brasileira esteja atravessando uma fase de desaceleração. A tendência para os próximos anos é de expansão da oferta de vagas nessa área, que será favorecida pela maior inversão em obras de grande porte. Levantamento feito pelo Correio mostra que a procura pelo curso de geologia aumentou 53% este ano em comparação a 2008.

Especialistas afirmam que a crescente demanda deve-se ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), formado por projetos de obras de grande porte do governo federal. Entre esses projetos, figuram a exploração da nova reserva de petróleo da camada pré-sal e os demais projetos como construção de hidrelétricas, abertura e recuperação de estradas e de linhas férreas, ampliação de portos, urbanização de cidades e obras de saneamento básico.

Estimativa da Federação Brasileira de Geólogos (Febrageo) aponta que existem perto de 11 mil geólogos na ativa. “Necessitamos de 50 mil”, diz o presidente da entidade, Nivaldo Bosio. Formado em geologia pela Universidade de São Paulo (USP) em 1963, Bosio praticamente acompanhou a evolução da profissão no país. Ele reforça que o emprego na área tende a aumentar a partir das decisões do governo de reforçar o investimento público em grandes obras. “Com o PAC, os geólogos estão sendo acionados. E também tem muita gente se aposentando pela Petrobras”, diz ele ao lembrar de uma importante opção de trabalho. “Conheço quem ganhava R$ 4 mil e depois mudou de empresa, recebendo R$ 12 mil.”

Na Universidade de Brasília (UnB), a procura aumentou 83% do segundo vestibular de 2008 para o primeiro de 2009. O diretor do Instituto de Geociências da universidade, Paulo Roberto Meneses, comenta que a dependência da China de metais existentes no Brasil, como o minério de ferro, forçou a ampliação da pesquisa geológica. “Isso aumentou a procura por geólogos no campo, o que levou bastante jovens a procurarem o curso”, informa.

Embora considere que a atividade da mineração passará por um período de escassez de créditos por parte dos bancos devido aos efeitos do desaquecimento global, Meneses enxerga uma esperança na área de exploração. “Se a Petrobras mantiver os planos de investimento no pré-sal, será preciso mais geólogos”, aposta. “Nos últimos três anos, 90% dos nossos formandos foram contratados”, reitera.

Petrobras
Um exemplo do aquecimento desse mercado de trabalho é a brasiliense Bárbara Morais Nascimento. Recém-formada pela UnB, ela foi aprovada em concurso da Petrobras antes mesmo de se graduar. “Do início do meu curso até a metade de 2008, o mercado estava absorvendo bom número de pessoas formadas”, pontua ela, que atualmente participa do curso de formação técnica no Rio.

Na edição 2008 desse concurso da Petrobras, foram abertas 50 vagas para a área e foram chamados 75 pessoas. A gerente de Planejamento de Recursos Humanos da Petrobras, Mariângela Mundim, atesta que a carreira será largamente solicitada nos próximos anos pela companhia, que dispõe hoje de 975 empregados nesta área. O salário inicial é de R$ 5.350. A geologia é o segundo posto técnico com mais vagas na empresa, perdendo apenas para engenharia. “Temos uma demanda constante para esse cargo, pois essa é uma área nevrálgica para nós”, acrescenta.

Para Ricardo Latgê, diretor da estatal, a profissão vem ganhando destaque desde a última década. “De 1990 a 1999, quase não houve contratação de geólogos pela Petrobras. Hoje, há uma preocupação de renovação de novos quadros e a descoberta do pré-sal exigiu um investimento maior”, conclui.

Na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que possui um dos cursos de geologia mais reconhecidos no país, a relação candidato/vaga aumentou 178% em comparação ao ano passado. Esse acréscimo veio acompanhado do salto no número de candidatos a uma das 30 vagas da área, que passou de 419 em 2008, para 700 em 2009. A opção geologia perdeu em concorrência apenas para medicina.

Mas foi a Federal do Mato Grosso (UFMT) que liderou a lista das universidades mais procuradas, com alta de 157% no número de inscritos. A notícia surpreendeu o diretor do Instituto de Geociências da UFRJ, João Graciano Mendonça. “A abertura do mercado contribuiu para termos mais alunos”, comenta.

O professor esclarece que, devido à recente descoberta de uma grande reserva de petróleo no país, foi firmada uma parceria no ano passado entre a UFRJ e a multinacional francesa Schlumberger, que atua no ramo de petróleo. Dentro de dois anos será construído no campus da universidade fluminense um centro de pesquisa de extração de petróleo em águas profundas.

Para Graciano, os investimentos governamentais em infraestrutura são uma importante forma de propaganda para atrair jovens interessados pela profissão. E apesar do recente baque na economia brasileira já ter gerado milhares de demissões, ele dá uma amostra da boa fase da carreira de geólogo: “Ainda não ouvimos falar em desemprego no Rio de Janeiro para esses profissionais”, observa.

Chances na mineração
Neste campo de atuação, a profissão se valorizou com a forte alta internacional das cotações de minerais metálicos desde 2006. Com base em dados do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) é possível notar uma explosão do preço internacional destes metais. A tonelada de zinco, por exemplo, saiu da casa dos US$ 24.233 em 2005, para valer até US$ 37.202 em 2007. Com a crise, outros minerais como chumbo, níquel, cobre e estanho despencaram de preço.

“O aumento nos preços dos metais fez com que os depósitos desses minerais fossem interessantes. Isso provocou uma demanda absurda por geólogos”, descreve Gustavo Melo, coordenador operacional da Agência para o Desenvolvimento da Indústria Mineral Brasileira (Adimb). Ele explica que, no país, os segmentos de petróleo e mineração concentram cerca de 80% das contratações no setor.

A eventual dispensa desses profissionais, na atual fase de desaceleração do ritmo de crescimento, preocupa a indústria de mineração. A Vale comunicou que não houve desligamento desses profissionais na última demissão em massa de 1.300 funcionários feita em dezembro. A categoria é considerada estratégica para a empresa. Atualmente, existem 235 geólogos trabalhando na mineradora no Brasil, onde há uma contratação média de 32 profissionais por ano. A assessoria de imprensa da companhia informou que “há certa dificuldade em absorver geólogos, devido ao baixo número de profissionais formados a cada ano”.

Desde o ano passado foi criado o Programa de Especialização Profissional, em parceria com a UFRJ, para admissão de geólogos e engenheiros nas áreas de engenharia portuária, ferroviária e mineração. Ao longo de 2008, foram formadas oito turmas com 330 pessoas, das quais 10% no segmento de geologia. Esse curso é feito mediante exame seletivo e oferece bolsa inicial de R$ 3 mil para os aprovados.

No DNPM, geólogo é cargo vital. Até 2006, havia 20 anos que a autarquia não realizava concurso público. No referido ano, foram admitidos 44, o elevou para 144 o quadro de geólogos do órgão, com salário de R$ 2.906. A asssessoria do DNPM avisa que será aberto outro processo seletivo esse ano, ainda sem definição de vagas ou data de publicação do edital.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Meu perfil do orkut...

"É errado pensarmos que a vida é um jogo e que, se algo acontecer não exatamente conforme as nossas expectativas, poderemos jogá-lo de novo com novas chances de ganho. Seria uma tolice considerar que temos direito a um caminho de triunfos, sem sofrimentos, sem coragem nem heroísmo. Porque isso, não se sucede a ninguém e não é deste mundo. Aqui é preciso escolher e, depois, seguir em frente até o fim. Por vezes com os ombros pesados de cansaço, de dor, de desilusão, de fracasso. Mas por pura preguiça, um homem pode chegar ao final da sua vida sem conhecer bem a si mesmo e sem ter conhecido aquilo que seria fundamental. Poderá atingir o último centímetro do seu tempo e verificar que chegou as mãos vazias. É preciso saber escolher (o que queremos e como faremos), afinal a única pessoa que você vai encontrar lá na frente, é você mesmo. E lá no finalzinho, que a gente possa dizer como Swayze "vivi muito mais que quaisquer dez pessoas juntas e foi uma aventura incrível" .

domingo, 10 de janeiro de 2010

SEGREDOS DE BELEZA DE UMA MULHER

Poema de Sam Levenson

Sam Levenson escreveu para os seus netos, e Audrey Hepburn leu o poema para seus filhos na véspera de Natal de 1992.

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

1.

Para ter lábios atraentes, diga palavras doces.

2.

Para ter olhos belos, procure ver o lado bom das pessoas.

3.

Para ter um corpo esguio, divida sua comida com os famintos.

4.

Para ter cabelos bonitos, deixe uma criança passar seus dedos por eles pelo menos uma vez por dia.

5.

Para ter boa postura, caminhe com a certeza de que nunca andará sozinho.

6.

Pessoas, muito mais que coisas, devem ser restauradas, revividas, resgatadas e redimidas; jamais jogue alguém fora.

7.

Lembre-se que, se alguma vez precisar de uma mão amiga,
você a encontrará no final do seu braço. Ao ficamos mais velhos, descobrimos porque temos duas mãos, uma para ajudar a nós mesmos, a outra para ajudar o próximo.

8.

A beleza de uma mulher não está nas roupas que ela veste, nem no corpo que ela carrega, ou na forma como penteia o cabelo. A beleza de uma mulher deve ser vista nos seus olhos, porque esta é a porta para seu coração, o lugar onde o amor reside.

9.

A beleza de uma mulher não está na expressão facial, mas a verdadeira beleza de uma mulher está refletida em sua alma. Está no carinho que ela amorosamente dá, na paixão que ela demonstra.

10.

A beleza de uma mulher cresce com o passar dos anos.

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Sobre a autoria: colaboração Rosângela Aliberti

"Viver não dói" ou "As possibilidades perdidas" - Martha Medeiros

Fiquei sabendo que um poeta mineiro que eu não conhecia, chamado Emilio Moura, teria completado 100 anos neste mês de agosto, caso vivo fosse. Era amigo de outro grande poeta, Drummond. Chegaram a mim alguns versos dele, e um em especial me chamou a atenção: "Viver não dói. O que dói é a vida que não se vive".


Definitivo, como tudo o que é simples. Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.

Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz. Sofremos por quê?

Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade interrompida.

Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar. Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender. Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada. Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.

Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso: se iludindo menos e vivendo mais.